sábado, 29 de março de 2008

Seguindo o padrão

Quando percebemos que o mundo contemporâneo está vinculado a um padrão, e que este padrão é simplesmente a expectativa que as outras pessoas tem de você, sua vida está inteiramente ligada à aprovação dos outros. Esta aprovação depende de alimentação, que se dá através de elogios, e quando não se têm mais eles, cada vez mais se buscará alcançar a expectativa que os outros tem de você, para sua auto-estima e seu bem estar estarem elevados e assim estar bem consigo mesmo.
Você simplesmente vai ser aquela pessoa dependente moral dos outros, e não no sentindo de carinho dos familiares, amor da companheira, mas sim da aprovação de quem você nunca nem se quer trocou meras palavras.
Todos temos que entender que estamos no mundo para cumprir as expectativas que realmente desejamos, ninguém está aqui para realizar o sonho do pai, ou ser o padrão para que os outros lhe achem lindo, interessante e inteligente.
Comece ser mais sincero, use palavras que você realmente conhece, descubra o interior dos outros, não fique se preocupando se você é visto como um ser humano legal ou desprezível, a melhor maneira de você estar sempre bem, é você não trair a você mesmo, é simplesmente realizar os seus desejos e se libertar porque o que realmente você tem que provar, como cantava Renato Russo: “Era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém”.





Construa o que você é realmente!





/Marcos Massiero Kaminski

quarta-feira, 26 de março de 2008

Somos livres?

A liberdade é imprescindível para qualquer cidadão se completar, faz simplesmente parte da personalidade jurídica. Pensando em liberdade, havemos de ter ela em dois modos, a intrínseca e a extrínseca, se pudéssemos dar valor a cada uma seria difícil compara-las, uma depende da outra. A liberdade extrínseca seria a que o estado proporciona, aquela que temos adquirido na nossa constituição, a liberdade de ir e vir, de associação, de culto religioso, de filosofia e muitas outras, todo esse amparo previsto pelo estado as vezes não é o melhor, do que adianta termos toda essa segurança proporcionada pela constituição se somos vinculados a todo processo cultural que nos é passado, se seguimos modelos norte-americanos e europeus. Todo esse processo educacional e cultural é insano, damos total importância a bens exteriores e deixamos de lado ideologias e a descoberta do próprio eu, em decorrência quem sabe de alguns trocados, ou simplesmente status social. A liberdade intrínseca decorre do processo cultural que nos é passado, aí percebemos cidadãos cominados em ideologias de outras nações e culturas diferentes das que realmente se tem no país, a juventude classe média se vincula a meros modelos passados pela mídia, perde a identidade revolucionária de querer um mundo melhor, nessa interioridade não se passa mais idéias, o estado nos proporciona o que o interior não acompanha. Se pensarmos na ditadura e até na época da escravatura, a liberdade intrínseca era muito mais aparente do que se percebe nos modelos atuais, tinham um ideal à alcançar, parecendo que hoje não se busca realização social, mas sim individual.

/Marcos M. Kaminski

terça-feira, 25 de março de 2008

O Bar

Se um dia você se perguntar, quem você é ? E não conseguir se definir, pense como você é no Bar, então terá a resposta. Porque no Bar todo mundo é igual, ninguém da bola se você fuma ou bebe, se sua cor é parda, negra ou branca.
Se você quiser conhecer alguém ou você mesmo, vá a um Bar. Lá todas pessoas serão o mais próximo do que realmente são, o ambiente Bar e um bom Blues de fundo nos leva a isto. Quem nunca notou pessoas que você nunca imaginaria que estivessem falando sobre política, ou aquele amigo tímido contando uma piada, e aquela chato, sentado num canto sozinho e calmo. As pessoas não notam, mas quando vão ao Bar estão a procura da paz e prazeres sinceros, até mesmo quando vão assistir o seu time na televisão do Bar.
Esta busca do que realmente somos reflete com nossos prazeres, uma boa cerveja e uma bela conversa produtiva e gostosa. Este é o objetivo do nosso Bar, ser quem realmente somos!
Não fique parado como se nada estivesse acontecendo. Não fique na tua! Se importe com o que acontece na esquina, na sua casa, no seu consumo, no seu planeta, na liberdade dos americanos, no petróleo iraquiano, na fome, nas novas tecnologias, no passado, nos animais, na geografia, no homem, com você.
Pegue carona num carro e vá a busca de liberdade e não se importe se o carro é vermelho e um barbudo latino estiver do seu lado. No final vamos todos parar no mesmo buraco, mas vale a pena sonhar com a liberdade! Reaja! O Bar é o nosso instrumento. Freqüente-o. Com educação se constrói um outro mundo, de melhores pessoas, de melhores jornalistas, carpinteiros, estudantes, mestres, engenheiros, poetas, músicos...

Um outro mundo é possível!

João Paulo Farina